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Por que o mercado mundial de ferramentas parou de crescer?


Há pelo menos três anos, o mercado mundial de ferramentas de corte para usinagem se mantém estável. Isso apesar de a produção mundial - o principal consumidor de ferramentas do mundo - ter registrado crescimento nesse período.

Vários fatores tem influenciado a estabilização da demanda por ferramentas. O principal deles é quase um paradoxo: é a própria evolução da indústria de ferramentas. Ou seja, a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias produzidas pelos próprios fabricantes (novos substratos, geometrias, revestimentos...) ampliaram de tal forma a vida útil das ferramentas nos últimos anos, refletindo-se no consumo.

Este fato, obviamente, não é novidade para os fabricantes. Há cerca de dez anos, um executivo de um dos principais players mundiais de ferramentas dizia que “nosso principal concorrente - e não apenas da minha empresa, mas de todos os fabricantes - somos nós mesmos, ao produzirmos ferramentas cada vez mais resistentes e geometrias otimizadas que fazem o mesmo trabalho na metade do tempo e com uma vida útil muito superior ao modelo anterior”.

Mas este não é o único fator. Outro dado relevante para entender essa questão está no sobremetal. Hoje as peças brutas, como as fundidas, são entregues aos fabricantes de peças com camadas cada vez menores de sobremetal ou próximos da forma final (near net shape). Esse fato reduziu muito a necessidade das operações de desbaste.

Além disso, novos materiais têm conquistado espaço importante na produção de veículos automotivos, aviões e bens de consumo. Desde a introdução das peças plásticas, há já algumas décadas, até os compósitos, mais recentemente. Vale acrescentar ainda o crescente emprego do alumínio na produção de automóveis, especialmente nas peças e componentes do powertrain, com o objetivo de reduzir o peso dos veículos e consequentemente o consumo de combustíveis. Comparado ao ferro fundido, o alumínio é um material de mais fácil usinagem, exigindo menor consumo de ferramentas.

As ferramentas de corte têm ainda outras “ameaças” pela frente. Uma delas é a manufatura aditiva (impressão 3D): até que ponto esse processo irá evoluir e em que medida poderá substituir operações de usinagem. Outro dado são as perspectivas de crescimento do emprego de motores elétricos em automóveis. Comparados aos motores à combustão, os elétricos têm número bem inferior de peças que precisam ser usinadas.

Fonte: usinagem-brasil.com.br | Colaboração: Marketing Arsystem

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